domingo, 21 de julho de 2013

Russia dia 4 (Astrakhan Dia 1b)

1.500 kms a sudeste de Moscovo, Astrakhan é a grande porta russa para o Oriente.
O transporte marítimo por excelência.
O rio Volga desagua, não numa foz, mas num infinito emaranhado de rias de todos os tamanhos. O mar Cáspio recebe de braços abertos este rio gigante que cumpre aqui a sua derradeira e provavelmente mais importante função.
Mas engane-se quem, com este cenario poderoso, imagina uma cidade moderna...
Uma grande quantidade de casas ainda é em madeira, muitas ruas para alem de não terem asfalto, não aparentam ter esgotos com saúde. A recolha de lixo é insuficiente... e mais não digo,  hoje.
A coisa mais parecida que vi foi Luanda no fim dos anos 80.
Mas algo de muito mais importante faz-me querer ficar mais dias...
Um 'bom jantar' pode ter diferentes significados.
Pode ter a ver com a qualidade do repasto, com o preço, com o local, com a companhia, etc.Varidas condicionantes do momento fabricam a opinião.
Hoje jantei muito bem, perdão, MUITO BEM. E, apesar da qualidade dos alimentos ser indiscutivelmente boa, da companhia ser perfeita e do preço ser nulo, o que coloca este jantar acima de qualquer outro foi o Amor investido.
O amor na contrução daquela casa - leia-se lar. O amor na escolha da comida, da bebida. O amor investido nas palavras e nos abraços sentidos, nos olhares timidos que caracteriza este povo. O amor investido em nos proporcionar uma receção arrepiante. O amor que se respira quando uma familia feliz está reunida. Obrigado por nos terem deixado entrar.
A esta familia de que a partir de hoje me apropriei, completamente, obrigado.

Russia dia 4 (Astrakhan Dia 1)

7:15 da manhã, Moscovo, 12 graus. Chove.
Taxi reservado no dia anterior chega 15 minutos antes e envia sms, para avisar que já chegou. Perfect.
No aeroporto dá para ver que é de voos domésticos. Russia concentrada, variada.
5 horas depois chegamos a Astrakhan.
Perto de 40 graus... A paisagem muda radicalmente. Estamos numa cidade de ambiente tropical. Prédios mais baixos, outra vegetação. Tambem por ser domingo, mas acho que não só, pessoas vestidas mais casual. Chinelos, calções.
Somos recebidos principescamente mas com uma descontração saborosa. 2 horas depois estou a provar estorjão e outras iguarias.
Sinto-me em casa. Spacibo.
Pelo que vi da janela do carro, 'nelas' só mudou uma coisa, ligeiramente menos roupa.
Alguem chama por mim, vou sair. Não faço a minima ideia para onde. Nem hoje, nem amanhã, nem depois, nem depois...
Até já.