Dos 60.281 alunos que este ano fizeram a prova de Português "chumbaram" 8 por cento (um acréscimo face aos 5 por cento verificados em 2007 e 2006).
A média de notas tem vindo a decrescer: dos 11,6 valores de 2006 passou-se para 10,8 valores no ano passado e para os 9,7 valores deste ano..."
Isto é apenas uma notícia de hoje mas eu acrescentaria mais alguns pontos:
Hoje tira-se uma licenciatura em 3 anos, sendo, como todos nós sabemos 1 ano passado na queima. Reclamam o valor das propinas mas vestem um traje que custa tanto como as "surbias" bebidas nessa queima. Os coitados dos cotas apertam o cinto para essas borgas e assim não conseguem pagar os créditos das férias a Cancun gozadas o ano passado.
Quem ensina não tem formação para transmitir conhecimentos, apenas conhecimentos adquiridos. Fotocópia de fotocópia de fotocópia, já sabemos o que dá...
Quem tem o 9º ano tira um curso de "arranjos florais" e dão-lhe o 12º.
Este ano os alunos subiram mais de três valores no exame a matemática simplesmente porque o exame era "de caretas".
Os portugueses estão a ficar mais formados, com mais habilitações, mas isto não passa de teoria porque cada vez mais somos um país de jeitosos, incultos, incompetentes e burros!
Fazemos programas da televisão para aumentar a natalidade quando não há água canalizada para 8%, comida para 15% e qualidade de vida para a maioria.
Temos um péssimo serviço na hotelaria, queremos viver do turismo e respeitar a ASAE.
Para abrir uma sapataria não é preciso perceber de sapatos.
Para comprar a revista Maria paga tanto de iva quanto paga por um dicionário.
Posso ser "sócio-gerente" sem perceber nada de gestão.
Posso abrir um café amanhã, servir batidos e sanduiches sem ter qualquer formação para isso.
Acho que vou abrir um. Se me pedirem uma "meia de leite" e uma "tosta mista" posso simplesmente servir uma merda qualquer como um copo meio cheio (ou meio vazio?) de leite gordo (ninguém disse que queria magro...) ou de soja e 2 pães do dia anterior um de cada sexo, porque não sei como se fazem meias nem mistas nem sou obrigado a saber.
A licença cheia de burocracias e com mais ou menos cunhas sai. As notas entram pro bolso e por outro lado sobem a matemática... Os licenciados também saem. Os ministros não. E quando tivermos novas eleições voltamos a não votar ou a votar na merda da ementa que nos dão porque não temos alternativa.
De momento não deslumbro solução. E quando deslumbrar, ninguém em Portugal vai saber o significado da palavra...
