É o título de um artigo publicado no reputadíssimo jornal espanhol Marca, onde se fala de alguns dos maiores nomes do desporto mundial que actualmente se converteram a este nosso desporto de eleição - O Poker. O artigo tem como cicerone Juan Barros, responsável pela comunidade irmã do PokerPT.com, a Pokerpoquer.com e presença assídua nos torneios da Solverde Season by Everest Poker. Certamente o reconhecem, mas porventura poucos saberão do currículo deste nosso amigo.
Juan Barros representou alguns dos maiores nomes da Península Ibérica de basquetebol. Com passagens pelo Real Madrid, Pamesa Valência, Caja San Fernando, Benfica, Estrelas da Avenida, Aveiro Basket, Juan alcançou um 2º lugar no Campeonato do país vizinho, e foi campeão nacional representando o Estrelas da Avenida, além de presenças na selecção espanhola.
Fiquem com o artigo:
"Loucos pelo poker
Ex-desportistas e alguns ainda no activo entram no poker de maneira profissional
Os ex-futebolistas Tony Cascarino, Teddy Sheringham e Thomas Brolin, o ex-tenista Yevgeny Kafelnikov, o ex-basquetebolista espanhol Juan Carlos Barros deixaram a sua carreira desportiva e dedicaram-se profissionalmente ao poker. A caminho estão o ex-esquiador Alberto Tomba, os ex-tenistas Sergi Bruguera e Boris Becker, o ex-futebolista Winston Bogarde e o jogador de rubgy Sebastien Chabal. "Estou convencido que há muitos desportistas profissionais que, de forma anónima, jogam muito dinheiro no poker online", diz Barros. Que tem este jogo que faz com que os desportistas fiquem loucos por ele?
Yevgeny Kafelnikov deixou o ténis pela porta pequena, rodeado pelo mistério que sempre marcou a sua personalidade. Primeiro disse que deixava as raquetes por um tempo, mas começou a jogar poker. Antes de anunciar de forma oficial a retirada do ténis, o russo, que chegou a ser número 1 mundial, já era profissional deste jogo de cartas. "Tem muitas coisas para atrair um desportista: disciplina, preparação, controlo das emoções, saber quando atacar, quando se retirar... Precisas de estudar e praticar muito para te tornares bom", diz Juan Carlos Barros, ex-jogador da Liga ACB (formado no Real Madrid, passou, entre outros, pelo Pamesa) que se retirou para se dedicar de forma profissional ao poker. "Sempre gostei dos jogos de azar. Estudei vários: a roleta, o black jack... Mas em nenhum deles tinha como assegurar rendimentos como o poker. Encomendei 13 livros dos Estados-Unidos, comecei a jogar online...até hoje", faz notar.
Tal como Kafelnikov, que se viu enamorado pelo poker, outros ex-desportistas também se tornaram jogadores de nível. O gigantone Tony Cascarino, aquele peculiar ponta-de-lança irlandês nos anos 90, o pequeno sueco Tomas Brolin (que tem um restaurante em Itália e divide o tempo entre o restaurante e o poker) ou o lendário avançado do Tottenham e Manchester United Teddy Sheringham jogam ao mais alto nível. "Eles participaram nas World Series (o maior torneio de poker, onde o vencedor ganha mais de 4 milhões de dólares), onde só a inscrição custa 8.000 euros. São pessoas que têm dinheiro para o fazer e que são bastante bons, ainda que para ser profissional seja preciso jogar todos os dias, pois ganhar um grande torneio é muito difícil e onde se ganha dinheiro é a jogar , e muito, online", conta Barros, sócio de uma empresa que organiza eventos de poker em Portugal e Espanha.
Aficionados célebres
Gilbert Arenas, jogador dos Washington Wizards da NBA, admitiu que joga a dinheiro online durante as viagens e até durante as pausas dos jogos. A própria NBA mostrou preocupação pelas quantidades de dinheiro que os seus jogadores apostam durante as viagens. Alberto Tomba e Sebastian Chabal são aficionados, assim como Michael Phelps e Wayne Rooney. O ex-jogador do Barça Winston Bogarde participou num programa da televisão holandesa, "Verónica Poker", onde os famosos aprendem a jogar.
Em Espanha, Gervasio Deferr (ginasta) também joga e muito,o base do Alicante da liga LEB ORO Berni Hernández chegou a participar numa etapa do Campeonato de Espanha e Sergi Bruguera participou no torneio EPT de Barcelona de forma profissional (já é o seu 2º grande torneio), seguindo os passos de outro ex-tenista, Boris Becker, que também já jogou umas cartadas. "No caso de Bruguera e Becker, há empresas, como a PokerStars, que convidam celebridades para jogarem, promovendo o desporto e afastá-lo da imagem sombria a que sempre é associado", conta Barros.
Aliás, crê que há muitos desportistas que jogam muito e bem e dos quais não sabemos: "Quando és desportista profissional não podes ir aos torneios. No entanto, o dinheiro está na internet, e aí não se sabe quem joga. Estou convencido que há muitos desportistas profissionais que, de forma anónima, jogam muito dinheiro no poker online".
Jogo ou desporto?
O crescimento mundial do poker é imparável. A história de Chris Moneymaker, um homem que pagou 39 dólares para participar num torneio satélite e acabou por ganhar $2.5 milhões nas World Series de 2003, tornou o poker num grande espectáculo televisivo. As transmissões dos grandes torneios têm muitas audiências em muitos países, e em Espanha o Telecinco Sports e a Antena 3 começaram a transmitir torneios.
Por isso o debate está aberto. É um desporto ou apenas um jogo de cartas? Segundo Barros, "se nos cingirmos à definição da RAE (Real Academia Española - Asociación de Academias de la Lengua Española), é um desporto". Para ele, depende de como se joga: "Uma partida às cinco da manhã, com dois maços de tabaco e alguns copos em cima não é um desporto. Mas a nível profissional requer um grande esforço físico, porque chegas a estar 11 horas seguidas numa mesa, esforço intelectual e concentração. Não é um jogo de azar: não é possível fazermos um ranking mundial dos melhores jogadores de bingo, mas podemos fazê-lo no poker. No poker ganha mais vezes o que estuda mais o que se prepara melhor. Se tivermos tudo isto em conta, e sendo o xadrez um desporto, porque é que o poker não pode ser?", afirma o ex-basquetebolista."
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